sábado, 25 de abril de 2009

Traíra - A Dentuça dos Açudes e Pesqueiros




Traíra de 1,8kg pega no spinner


De volta pescadores! Hoje vou dar dicas sobre a pesca de traíra, peixe muito comum em açudes e pesqueiros.


A traíra é um peixe extremamente voraz e come todo o tipo de isca que tenha a ver com carne, desde salsicha a músculo de boi, desde lambari a tilapias pequenas. Também pode ser pega com isca artificial.


É um peixe de escamas marrons, cinzas, ou pretas manchadas de cinza, corpo cilíndrico, que alcança 60 cm e 3kg, olhos grandes, como a boca e com dentes muitos afiados, que podem danar seriamente uma pessoa. Habita as partes rasas e de águas paradas dos rios, e vive solitário, nas bacias do Araguaia - Tocantins, Amazônica, São Franscico, Prata e Atlântico Sul.



Pesca em Rios, Lagos e Açudes Naturais:


Para sua pesca seria necessário ir a local de águas mais rasas e paradas e jogar a isca ( natural), bem na borda, ou próximo a estruturas submersas e plantas aquáticas, onde este peixe fica sempre a espreita, esperando rãs e pequenos peixes passarem. Basta achar o local e jogar a isca natural que pode ser pedaços de carne e até pequenos peixes, e esperar a forte batida do peixe, que pode levar sua vara do suporte para a água, ou seja, tenha atenção e uma fisgada bem forte, pois a boca do peixe é dura. E nunca se esqueça de usar empates de aço, pois como o título já diz ela é dentuça e rasga facilmente linhas, e se você não tomar cuidado seu dedo também pode ir para barriga dela.

Use o chumbo acima da isca e bata na água, pois o barulho desperta curiosidade das traíras o que torna a pesca mais produtiva.

Com isca artificiais a pesca não é diferente, basta jogar próximo a margem e ver o efeito das manchas de barro subindo e algumas batidas na isca antes da "Pegada Final", e não se assuste, pois será uma batida bem forte, eu mesmo tomei um susto! E não precisa bater na água, basta trabalhar bem lentamente com a isca, mas não se esqueça, isso necessita treino e consciência.


DICA: Como a maioria dos peixes de pesqueiros muda seu comportamento, é difícil pegá-los na artificial, mas a traíra não muda seus hábitos, apenas pode ser pega com mais variedade de iscas, como salsicha e mortadela, além da técnica de cevar, atrair peixes pequenos, e consequentemente a traíra virá comê-los, e neste momento que a isca deverá ser posta na água.



Para saboreá-la frite-a com óleo e maizena, coloque sal á gosto e deixe um limãozinho a parte do lado, para pingar, caso goste. Tire as espinhas, pois é um peixe que tem muitas delas, mas carne deliciosa.



Bom, é isto pescadores, se quiserem ter uma divertida briga, com ou sem iscas artificiais vão atrás das traíras.

ISCAS ARTIFICIAIS - 2ª parte


O spinner Laser da Marine Sports, o que mais costumo usar.


Olá pescadores de todo Brasil! Vou publicar mais uma matéria sobre iscas artificiais.





As iscas artificiais de que falo hoje são os spinners, que por sinal, até agora me renderam bons resultados em pesqueiros.


Os spinners são imitações artificiais de peixes que vem com uma colherzinha na cabeça, girando e atraindo os peixes. Da marca que compro, a Marine Sports, prefiro cores chamativas, como laranja, verde ou azul. Para utilizá-la basta jogar (depende do peixe vai existir o ponto, que será mais longo ou mais perto) e recolhê-la com a vara abaixada e um pouco lenta, mas lembre-se não se aprende a usar iscas artificiais apenas lendo um blog, são meses, até anos de treino.


As espécies comum de serem pegas no spinner são a Traíra, o meu primeiro peixe nesta isca, a truta, a matrinxã e dourados, além de piranhas e outros peixes maiores que tendem a ser "ferozes".


Na pesca de traíra com spinner, basta somente jogar a isca próxima a margem ou estruturas (caso tenha pontaria, pois a desvantagem do spinner é esta, pega muito enrosco!) e recolher a isca bem devagar. Como a margem é sempre rasa, você verá as manchas de barro se formando e algumas batidas na isca antes de "pegada final".


O spinner não é recomendado para locais com alta quantidade de enrroscos submersos, pois afunda bastante e quantidades de paus e galhos que pegará é enorme, mas em compensação ele só tem uma garatéia, localizada na parte caudal.


DICA: NÃO DÊ ISCAS ARTIFICIAIS A CRIANÇAS ESTABANADAS OU PESCADORES INEXPERIENTES. Como foi dito na matéria dos tucunarés, a garatéia causa sérios danos corporais que podem ficar gravados para sempre.

Bom, é isso pescadores Até a próxima!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Caixas de Pesca - Quem é organizado tem uma!

Exemplo de caixa para equipamentos. O modelo e PLANO 737



Vou falar sobre caixas de pesca (para equipamentos em geral)




Vocês devem conhecer estas caixas, pois são a coisa mais comum em pesqueiros. Elas podem ser de vários tamanhos, desde estojos de pesca até caixas increvelmente grandes.




As caixas normalmente tem alguma divisória ou alguma gaveta, pera você poder separar anzóis e coisas pequenas, e isso facilita bastante a pesca, pois, se você precisar de certo tipo de anzol, não precisa de ficar procurando, ou como fazem os mineiros, pedir pra São Longuinho pra achar.




A marca que recomendo que comprem são as caixas PLANO, pois elas tem vários tipos de divisórias e gavetas, além de teram um material que não quebra fácil ( são resistentes).




Os tamanhos delas podem variar dependendo de seu e equipamento, se você tem pouco, compre pequena, mas bem resistente e com boas divisórias, mas se tem muito, pode comprar um caixa maior, com a mesma coisa: QUALIDADE.


Existem caixas para equipamentos, isca artificiais, anzóis, molinetes e carretilhas, mas você pode usar uma bem grande que possa caber tudo isto.





DICA: Caso você possa, separe tudo nos minímos detalhes, como tamanhos de anzól, com haste longa ou curta, bóias dos diferentes tamanhos e outros.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Pesqueiro Maeda - Surpresa de noite...

DIA: 07/03/09

LOCAL: Pesqueiro Maeda - ITU - SP

QUANTIDADE CAPTURADA - 11 Peixes Tirados da água


Bom, vou começar dizendo uma velha frase " Tem dia da pesca e dia do pescador", e tecnicamente, este foi o dia da pesca, quer dizer, de dia foi, e não foi para qualquer um, foi para os pescadores de fundo, e eu estava usando bóia e outra vara com minhocoçu de meia água. Simplifican, não tive tanta sorte...

O primeiro peixe foi do meu primo, João, que fisgou uma tilápia de 2,5kg, com salsicha na margem. Este foi o primeiro peixe dele no Maeda, e também ele tomou um susto, pois ele estava longe da varinha e acabou fisgando e se atrapalhando todo pelo tamanho da tilápia.

Depois, mais um peixe, este um piau fisgado na salsicha de fundo, no meio do lago. Meu irmão estava desatento, e não viu sua vara envergandode meu pai fisgar, deu ao meu irmão, que trouxe o peixe. Aí está ele.

Após o piau, meu pai colocou salsicha em sua telecópica, e conseguiu fisgar um peixe, um pacu, que brigou bastante, mas depois se rendeu e foi pra foto. Durante este tempo, nosso amigo ao lado chegou a fisgar mais de 15 pacus e tambacus.

Então a noite chegou, e junto com ela os meus amigos, Chris, Té e Ricardo, e a minha expectativa de fisgar algum peixe. 30 minutos antes de começarmos a pesca noturna, lá estava a Gabi com um piau fisgado na salsicha encostada na margem, também foi engraçado, porque ela estava desanimada, tomando um refigerante, quando, de repente a boinha baixou e a vara quase foi para a água.




Parecia que ela ia ser a pescadora do dia, porque fisgou outro piau, mas este era diferente. Na sua coloração tinha três pintas, sendo assim o conhecido piau-três-pintas, o que não muda nada na sua esportividade.



Foi então que meu pai conseguiu fisgar o que ele tanto esperava. Era uma cachara, fisgada no minhocoçu de fundo, no meio do lago. O peixe já estava experimentando a isca a algum tempo, e fazia meu pai perder a fisgada, mas depois bobeou, e acabou indo para a foto. No entanto, eu ainda não havia fisgado nenhum peixe. Detalhe, que na foto estão os meus primos e meu tio, porque meu pai estava lavando a mão...



Só que a "HORA DO ZECA" chegou. Eu sai de perto um pouco, então meu pai me chamou e fisguei um tambacu de 3,5 kg. O bicho parecia bem maior, porque ele brigou bastante. No final, ele veio para a foto. (O tamba saiu bem na foto mas, eu e meu irmão não... rsrsrsrsrsr)




Após isso, eu fui para o laguinho de tilápias, e vi uma carcaça de peixe boiando, e outro peixe comendo. Joguei minha varinha telescópica e para minha surpresa um dourado apareceu. Ele pulou bastante, mas no final veio comigo. Foi o meu primeiro dourado, o que me deixou bem feliz. E depois meu molinete já estava envergando bastante, e fisguei uma patinga, que também pulou, porém, como estava sem a máquina, não tirei foto dela.


E pra fechar, meu amigo Thomas, colaborador do blog, pegou um curimbatá, de novo na salsicha perto da carcaça. Ele ficou o dia inteiro e no finalzinho, antes de ir embora fisgou o peixe, que brigou bastante, mas no final se rendeu e deixou o Thomas bem feliz.


Um fato curioso, foi que o meu amigo Té estava sentado, e só deu para ouvir dois estalos na vara dele. quando ele tentou fisgar o peixe, a linha já tinha ido embora, achamos então que era um peixe bem forte, que não era tilápia, curimba, ou dourado. Ressaltando, o peixe era incrivelmente forte.
Bom é isso pescadores! Boas fisgadas!
Essa pescaria provou que a isca vai variar de acordo com o dia.